segunda-feira, 20 de agosto de 2007

"A volta do todo poderoso" de Tom Shadyac - 2007

Em sua maioria, os profissionais do cinema, pelo menos os estudantes (colegas de sala por exemplo) parecem mais céticos, descrentes e racionais. Não sei se posso afirmar com precisão, mas é o que transparece pra mim. São difíceis de surpreender, contém um leque de críticas e opiniões formadas, ficando difícil se renderem a fantasia e a magia que acredito existir no cinema.
Acredito que foi essa profissão que me escolheu e não eu a ela. Porquê?! Porque o cinema pra mim, além de ser uma mídia de veiculação em massa, é a oportunidade de se ter "voz" ou pelo menos representar a voz de algo ou alguém e transmitir mensagens, pensamentos, conscientizações, reflexões, etc. É a chance de semear algo dentro do público e quem sabe influenciar de forma positiva, pelo menos uma pessoa, e se isso acontecer já terá valido a pena.
Sei que essa mesma mídia acaba sendo usada, muitas vezes, com outras intenções, às vezes negativas, mas prefiro ver com bons olhos todos os filmes, muitas vezes considerados bobos pro público intelectual e "cult" do cinema. Praticamente todos, tem algo de bom a ser extraído. (eu disse "quase" todos).
A volta do todo poderoso é um filme considerado bobinho, mas achei a mensagem tão tão legal. Fala de família e de se manter unido, mesmo quando tudo parece desabar. Fala de amor e de companheirismo.
É um filme engraçadinho, mas que semeou uma reflexão sobre Deus e sobre a forma que ele age em nossas vidas. Deus no filme, representado pelo Morgam Freeman, alega que quando você pede algo a Ele, não significa que Ele te dará de mãos beijadas, mas criará situações para que você possa realizá-la. Exemplo: Se você quer ser corajoso, ele não dará coragem, ele criará situações para que você seja corajoso. Ele abre caminhos e você deve aproveitar a oportunidade. E como eu acredito nessa força, nessa energia, nesse algo maior que nós mesmos, e que nada parece ser por acaso, saí do cinema renovada e pensativa. Não foi por acaso que assisti esse filme e isso só reforçou minha certeza de estar no caminho certo.
Não sei fazer críticas bem construídas ainda, não sei tudo sobre cinema e nem chegarei a saber, mas vou me esforçar pra seguir meus princípios e o conhecimento que tenho adquirido no curso e experiência de viver.
Existe sim, um cinema culto, de reflexões bem mais profundas que essa "bobinha", mas também existe um cinema de entretenimento, tolo, divertido, superficial, para servir de bom programa com amigos, namorado, família. Um cinema para ser apreciado e quem sabe até, sirva para animar um dia difícil. Um cinema que não tenho preconceitos e que se existe, não é por acaso.
Não gosto do cinema que é feito para minoria ou para não ser compreendido, isso pra mim é desperdiçar a oportunidade de levantar a "voz" e saber usá-la para o bem. Ele até pode ser importante para outras reflexões, mas cinema pra mim é muito mais que isso.
A volta do todo poderoso é um filme de entretenimento, engraçadinho e com uma mensagem bonitinha. Preconceitos a parte, é um filme leve e para quem acredita que somos apenas parte de algo muito maior que nós mesmos.
Não fala de religião, porque Deus não é religião, Deus é algo presente em tudo e dentro de nós, quanto mais aceitamos que ele realmente existe, mais ele se torna presente. E se realizei tantas coisas até agora, foi por acreditar nessa força.
Tá..sei que parece um discurso inflamado de crente, mas juro que não é. Se as pessoas tivessem só um pouquinho disso dentro do coração, o mundo se tornaria um lugarzinho um pouco melhor. Pena! =)

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