quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

"Ps. Eu te amo" de Richard LaGravenese 2007

Não é um gênero dos meus favoritos, romance/meio comédia/meio drama, mas me surpreendi (positivamente) com algumas características. Diferente do que anda sendo feito por aí, achei que o filme tenta fugir um pouco do que já foi feito em histórias românticas (ou devo estar completamente enganada, e ele possui a mesma fórmula de sempre).
A história é simples, Holly (Hillary Swank) é casada com Gerry (Gerard Butler). Ele morre e ela precisa retomar a vida. Como ele a conhecia tão bem, sabendo que estava morrendo (tumor no cérebro) escreve/planeja cartas que ela recebe após sua morte, que acabam ajudando Holly a superar sua ausência. No meio disso tudo, há a mãe, as amigas (esquisitas), um(a tentativa de) pretendente, etc. E ao final das cartas ele assina (há!) Ps. Eu te amo.
Mas como tudo no cinema, não é a história que importa mais e sim como contar essa história. E não foi aqueeeela coisa, mas eu gostei de algumas características do filme.
Começando: O filem abre com uma discussão saudável (e um pouco infantil) entre o casal. Hillary não é uma Angelina Jolie, mas acredito que a escolha tenha mais a ver com o perfil da personagem de normal-bonitinha (e ela estava super meiga no filme) e Gerard (mesmo aparentando ser o gostoso-cafajeste) tem o perfil do marido-brincalhão. É nessa combinação engraçada que temos um casal mais próximo do nosso mundo real que o normalmente visto no cinema. São situações cotidianas como: num momento romântico bater o pé na quina da mesa ou na hora do tesão machucar o olho, ou ainda, tentar ser sexy cantando num karaokê e quebrar o nariz. Achei que souberam trabalhar bem com essa aproximação da realidade, dando um tom leve e cômico. É um filme engraçado-triste-feliz-estimulante. Talvez uma ótima fórmula para pessoas que perderam alguém especial em suas vidas!
Além disso, achei os diálogos mais trabalhados que os normalmente vistos. Não havia aquela comum superficialidade e a atuação ajuda bastante.
Presença de clichês? Normal. Mas obviamente em filmes assim, o estado de espírito conta bastante, como estar apaixonado ou realizado no amor. Sempre há identificação com o companheiro(a). E meu estado de espírito era este! =)
Enfim, é uma historinha criativa com um pouco de auto-ajuda, mas cativante e com atuações e situações bem cômicas.
Sempre é bom reservar um espacinho para filmes assim, afinal alguma pequena mensagem de amor, esperança ou conforto acab sendo passada para quem mais está precisando. E para mim, o cinema também cumpre esse papel!

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