quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Filmes do mês - fevereiro

Atualizando no decorrer do mês, na ordem em que assisto.

-Irmãos Solomon de Bob Odenkirk 2007 (0)
-Hitman de Xavier Gens 2007 (1)
-Joshua - Filho do mal de George Ratliff 2007 (3)
-Escola de campeões de Phil Price (0)
-A fúria de Frank A. Cappello 2007 (1)
-Conduta de Risco de Tony Gilroy 2007 (2)
-Cloverfield - Monstro de Matt Reeves 2008 (1)
-Juno de Jason Reitman 2007 (3)
-Um plano brilhante de Michael Radford 2007 (2)
-Ela é O cara de Andy Fickman 2006 (2)*
-Quase ilegal de David Mickey Evans 2003 (0)
-Meninas malvadas de Mark S. Waters 2004 (2)*
-The Nines de John August 2007 (2)
-Onde os fracos não tem vez de Joel e Ethan Coen 2007 (2)
-30 dias de noite de David Slade 2007 (0)
-Antes só do que mal casado de Bobby e Peter Farrelly 2007 (0)
-Eu sei quem me matou de Chris Sivertson 2007 (0)
-Infidelidade de Adrian Lyne 2002 (4)*
-Teenagers - As Apimentadas de Peyton Reed 2000 (1)
-Eu sou a lenda de Francis Lawrence 2007 (3)

*Revistos (0)-horrível; (1)-ruim; (2)-razoável; (3)-bom; (4)-muito bom; (5)-excelente

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Tema: Superlotação nos presídios - "O grande lixeiro da sociedade"

Esta é mais uma das inúmeras notícias sobre superlotação nos presídios da Capital e os danos provocados.
Sei que por estarem presos, em sua maioria, devem ser criminosos e merecem estar lá. Mas parece que a sociedade esquece que eles não ficarão presos para sempre, que essas pessoas têm família, que muitos são vítimas de um descaso e desigualdade social, e há aqueles que são inocentes (ou não) e esperam pelo julgamento em condições desumanas. Julgamento este que demora ou nunca acontece. "A justiça tarda mas não falha." Não falha mesmo? Ou tarda demais?!
Que tipo de pessoa, este ou aquele preso, voltará para a sociedade? Voltará melhor? Será re-inserido na vida social?Continuará a cometer atos ílicitos, pois não vê futuro, perspectiva ou esperança de algo melhor? Ou possivelmente guardará seqüelas, provocado por esse descaso das autoridades e também da sociedade.
Autoridades estas, que muitas vezes deveriam estar atrás das grades, mas são beneficiados pela lei, pelo status, poder e dinheiro.
E sociedade esta, que fecha os olhos para não ver, mas esquece que é vítima desse sistema. Sociedade esta que deveria estar cobrando alguma coisa, que deveria estar elegendo políticos melhores, que deveria estar preocupada com seu futuro e futuro de seus frutos.
Que país é esse, onde os valores estão completamente invertidos? Um país onde há obesos e ao mesmo tempo, crianças morrendo de fome. Onde há políticos corruptos livres, e ladrões de galinha presos há anos. Onde quem é rico fica mais rico e quem é pobre fica mais pobre. Onde crianças projetam suas vidas para serem jogadores de futebol ou estrela da globo. Um país que ao invés de melhorar a educação básica, prefere abrir vagas de cotas nas universidades, com aprovações muito abaixo da média e correndo o risco de cair o desempenho em sala. Onde uma pessoa sem formação alguma, governa o país e ainda está aposentado por invalidez física. Por causa de um dedo?
Um país onde as pessoas ganham o seguro-desemprego mesmo depois de arranjar um emprego. Um lugar que todos querem progredir de alguma forma, mesmo do "jeitinho brasileiro" que nada mais é do que ser corrupto de alguma forma. Porque tanta desigualdade social?
Corrupção é uma palavra feia, mas ela parece estar presente na maioria dos brasileiros. Ela se manifesta de várias formas: não pagando alguma coisa que esqueceram de pôr na conta, colando numa prova, roubando uma bala de um amigo, estragando algo que não é seu e não assumir a culpa, enfim, ela parece estar presente no nosso sangue, nos nossos atos, na nossa história.Como mudar isso? Como fazer alguma coisa que possa mudar as coisas a nossa volta e dentro de nós mesmos?!
Todos somos vítimas do sistema, mas acredito na opção de fazer algo melhor. De fazer algo que possa fazer diferença, que possa ser grande, vitorioso, relevante.
Sei que pareço ter fugido do assunto, mas refletindo sobre as superlotações, percebi que este fato é superficial diante de algo muito mais enraizado, o "conflito de valores". O problema já começa muito antes, no nascimento do país, na formação da sociedade, na divisão de classes, nos governantes do país, na influência do exterior sobre nós, na desigualdade social, na pobreza e miséria, não falha distribuição de renda, na má administração do país, na crescente presença da corrupção.
Será que o cinema não tem ligação nenhuma com o que estou falando?
Este cinema que surgiu como entretenimento das classes baixas, que já serviu para promover o nazismo na Alemanha, que funciona como um grande veículo de comunicação de massa, alimentando uma grande indústria cinematográfica, comercializando produtos, serviços, promovendo atores, lançando modas, costumes, gírias. Um comunicador extremamente influente no mundo todo, muitas vezes sem precisar de tradução, pois os dramas são sempre os mesmos, as sensações, as expressões, a dor, a alegria, a saudade, a paz, a guerra, a desigualdade, injustiça, a tristeza.
O cinema pode sim cumprir um papel importante. Seja denunciando algo através de uma narrativa ficcional como "Tropa de Elite" ou não-ficcional como "Notícias de uma guerra particular". E assim como ele serve para entreter e divulgar nossa cultura, ele pode também nos fazer refletir sobre questões presentes do cotidiano. Pode fazer as pessoas tomarem atitudes e terem iniciativas, de ações, projetos, campanhas, passeatas.
Voltando ao assunto então, superlotação é um problema que me preocupa, pois apesar de envolver os marginalizados e esquecidos pela sociedade, envolve, acima de tudo, humanos, imperfeitos, que merecem a chance de viver com dignidade mesmo confinados entre as grades.
Muitos podem ainda retornar a vida social e quem sabe, cumprir um papel importante, através de sua experiência.
As prisões deveriam servir para reintegrar a pessoa e não destruí-la, e deveria ser aplicada a todos sem distinção.
Deveria ser uma oportunidade para desenvolver habilidades (construtivas) dos presos, dar oportunidade de estudo, mostrar que existem outros caminhos, deveria estimular e não funcionar como um grande lixeiro, daquilo que a sociedade descarta porque acha que não presta mais.
Deveria ser um local de reflexão e amparo, para aqueles que em maioria são vítimas da miséria e da falta de opções.
Se culpados, sim, devem ser punidos, e a prisão não seria a punição? Privá-los da liberdade?!Mas a desigualdade e miséria são tão grandes que já publiquei notícias sobre pessoas que queriam ir para prisão só para ter onde dormir e o que comer, mesmo nas condições em que elas se encontram. A vida aqui fora não parece tão boa então, certo?!
Se cometeram crimes por vício, porque a prisão não poderia ajudar na desintoxicação?!Enfim, é uma visão utópica, possível, pouco provável, mas ainda assim, possível.
Agora, como investir no sistema prisional de qualidade e reestruturação se a saúde pública, a educação, a segurança e oportunidade de empregos estão um caos?
A superlotação e as condições desumanas dos presídios, na verdade é um reflexo do descaso dos governantes perante seus deveres para com a sociedade. Como é o último item da longa lista, chegou ao estado que chegou.

Notícia: Superlotação dos presídios

Fonte: Notícias do Dia - 21/02/2008

"Preso pede comida e médico na Central"
Carceragem, em Florianópolis, já está superlotada e a solução parece distante A falta de lugar para dormir na carceragem da Central de Polícia da Capital está obrigando presos a usarem a criativade: eles improvisam rede de descanso com lençóis, cujas pontas são amarradas nas barras de ferro das celas. Ontem, pela manhã, havia dois detentos dormindo "na rede", enquanto os demais colegas se espremiam em colchões num calor de quase 25 graus. "
Isto aqui é desumano. A gente não pode dormir. Não dá nem para se mexer", reclamam em coro. Adriano de Pieri, 33 anos, afirmou que é soro positivo (Aids) e que uma herpes óssea o incomoda muito. "Preciso de médico e remédios", pediu. Outro detento, com aparentes sintomas de tuberculose, também necessita de tratamento médico. Os vinte e cinco presos, amontoados numa pequena cela com capacidade apenas para quatro homens, ainda reclamam da falta de alimentação. Como não existe carcereiro, porque o local teria que ser destinado apenas a presos provisórios, os detentos alegam que recebem comida de familiares, mas que o alimento não chega até eles.
A coordenadora da Central, delegada Ester Coelho, diz que não sabe mais o que fazer para aliviar a superlotação. "O Deap (Diretoria Estadual de Administração Penal) afirma que não existe vagas em unidades prisionais". O diretor do Deap, Hudson Queiroz, confirmou que o déficit de vagas no Estado é de 2500. No entanto, ele revelou que os problemas das carceragens cheias na Grande Florianópolis vão ser aliviados com a inauguração de um presídio em Criciúma, prevista para abril, com capacidade para 350 presos.
"Detentos do presídio de Florianópolis seriam transferidos para Criciúma, e as vagas do presídio preenchidas com os suspeitos detidos em carceragens", observou Hudson. Enquanto isso, ele sugeriu ao chefe da Polícia Civil soldar uma chapa de aço de uma cela na Central de Polícia da Capital, de onde fugiram seis presos no início do mês, para pelo menos aliviar a situação daquele local.

Novo quadro - Críticas sociais

Estou abrindo um novo quadro no meu blog chamado "Críticas Sociais".
Esta iniciativa surgiu devido às frustrações que tenho sentido ao publicar notícias diárias sobre temas polêmicos, tristes e/ou injustos associados ao nosso cotidiano.
Eu faço clipping de notícias e elas têm mexido comigo e com a reflexão "Qual é o meu papel nisso tudo?"
Sinto uma incapacidade, uma angústia, uma frustração de ver tanta injustiça acontecendo e nada sendo feito. Penso em soluções e não entendo porque é tão difícil que elas sejam colocadas em prática.
Sei que elas não estão diretamente associadas a Cinema num primeiro momento, mas penso que o cinema pode cumprir um papel importante quando trata de assuntos como os que colocarei aqui para serem discutidos e criticados.
Trabalho como bolsista de cinema no Ministério Público de Santa Catarina e uma das minhas atividades, é lidar diariamente com notícias de diversos jornais e revistas sobre temas como Moralidade Administrativa, Cidadania, Criminalidade, Meio Ambiente, etc.
Minha intenção é colocar a notícia e sua fonte, e fazer minha crítica a partir dela.
Perto disso, criticar filmes parece uma tarefa pequena, diante de uma realidade tão triste e tão próxima de nós!
"Qual é o meu papel nisso tudo?! Qual o papel do cinema nisso tudo?!"

"The Nines" de John August 2007

Tentarei fazer um breve comentário.

"The Nines" é um filme confuso com 3 pontos de vista. A narrativa se divide em 3 momentos diferentes, onde um mesmo personagem é trabalhado de 3 formas diferentes mas com ligaçõ~es entre si e confuso sobre o que acontece consigo.

Ao que me parece, no primeiro momento ele é um ator famoso, enfrenta conflitos na sua prisão domiciliar. Num segundo momento ele é um roteirista de séries de tv tentando se promover e num terceiro momento, ele é um criador de jogos promissor mas atuando como um personagem no roteiro que ele, naquele segundo momento, criou. Confuso não?!

O filme, indiretamente, lança uma discussão interessante sobre criadores e personagens virtuais de jogos como "The Sims" e "Second life" e esta realidade alternativa que tem invadido ferozmente o mundo virtual e real. Algo do tipo: se Deus criou o mundo, e alguém criou um jogo como "The Sims" (que não deixa de ser universo paralelo, porém virtual), então esse criador é próximo ou abaixo de Deus e acima dos homens?! Se Deus é 10, este(s) criador(es) seria um 9? "The nines"?!
Ou então, se nesse universo paralelo, onde os personagens dos jogos são criados, apagados e re-criados, e se eles tivessem vida própria e se lembrassem de suas "vidas passadas"?!

Enfim, é um filme com um fundo filosófico interessante, que lança questões interessantes, mas nada tão intenso e profundo para se tornar extraordinário.

"Onde os fracos não tem vez" de Joel e Ethan Coen 2007

Os irmãos Coen parecem com este filme, tentar criar algo próximo do sucesso "Fargo" de 1996.

A história gira em torno de três personagens principais ligados a um único fato: O roubo da maleta com milhões de dólares de traficantes enfurecidos. O caipira ladrão, o assassino bizarro que persegue o ladrão, e o policial caipira, quase aposentado, que persegue o assassino do ladrão.

Quando vi o filme me lembrei muito de "Fargo", mas não com o mesmo brilho e novidade. Reconheci semelhança entre características físicas e psicológicas entre personagens dos dois filmes, a escolha de uma região com sotaque característico, sendo também um lugar deserto e isolado, típico de "caipiras", onde tudo pode acontecer de forma inusitada e etc.

Que os Coen têm todo um cuidado para desenvolver tanto os personagens, quanto as falas, de acordo com o ambiente onde a narrativa está inserida, eu concordo e até apóio a indicação ao Oscar 2008 de melhor direção, mas que o resultado não foi aquilo que eu esperava é fato.

Achei que o filme correu de forma lenta demais e sem um final conclusivo. Porém, possui passagens geniais, com diálogos bem desenvolvidos, mas que no conjunto acredito que tenha falhado.

Achei o personagem de Javier Bardem extremamente curioso e bem-desenvolvido. Suas características psicológicas servem para preencher as lacunas da narrativa de forma sutil. Por exemplo, sua mania de olhar as botas após matar alguém, indicam, mesmo sem mostrar, que ele matou a esposa do caçador ladrãozinho de maletas. Há quem duvide, mas para mim, não há dúvidas.

Como minha avaliação é sempre baseada no conjunto, não foi muito do meu agrado. Mais pelo tema da história do que pela qualidade. Reconheço que para fãs, talvez o filme seja muito bom, mas insisto em dizer que o filme parece apenas uma tentativa de resgatar algo que eles alcançaram ao fazer "Fargo" e que falhou. Muitas coisas do filme são muito boas, mas insisto, o conjunto em si, não foi do meu agrado.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Reality Show - Os 8 mais

Viciada assumida de Big Brother, também curto outras séries de reality show.
Vai entender! =)

1- B.B.B. (8) (A rotina de pessoas confinadas numa casa por cerca de 4 meses)
2- EXTREME MAKEOVER (Uma equipe que reforma totalmente a casa de alguma família selecionada)
3- LAR DOCE LAR (A equipe do Luciano Huck reforma a casa de alguma família selecionada)
4- BRASIL NEXT´S TOP MODEL (Modelos que passam por desafios ligados a carreira e eliminadas por uma comissão do mundo da moda)
5- MINHA CASA, SUA CASA (Moradores que mudam um a casa do outro)
6- TROCA DE ESPOSAS (A mãe de uma família troca com a de outra família por um tempo determinado, geralmente famílias bem diferentes umas das outras)
7- ESQUADRÃO DA MODA (Equipe que muda o guarda-roupa e jeito de se vestir de uma pessoa selecionada)
8- LATA VELHA (Equipe do Luciano Huck reforma carro velho de alguém selecionado que deve cumprir um desafio)

Séries favoritas - As 15 mais

São aquelas séries que... "tá passando na tv, eu paro pra assistir" mesmo que pela metade.
Adoro mesmo e claro, que em algumas, sou VICIADA.
1- LOST (A vida dos sobreviventes do vôo 815 da Oceanic Airlines, que caíram numa ilha misteriosa)
2- FRIENDS (A vida de um grupo de amigos muito engraçados)
3- OS SIMPONS (Uma família muito engraçada e maluca)
4- WITHOUT A TRACE (Investigação sobre pessoas desaparecidas)
5- C.S.I. (Investigação sobre crimes a partir de provas encontradas)
6-COLD CASE (Investigação de "casos frios", crimes que aconteceram mas não foram resolvidos na época e voltaram à tona por alguma nova evidência)
7- DESPERATE HOUSEWIVES (A vida de 5 donas de casa)
8- GHOST WHISPERER (Uma garota que vê espirítos e os ajuda a encontrar a "luz")
9- E.R. (Equipe de um plantão médico e as emergências que atendem)
10- SMALLVILLE (A vida do super-homem)
11- SUPERNATURAL (Dois irmãos que desvendam mistérios sobrenaturais)
12- CLOSE TO HOME (Casos que a promotoria de justiça precisa resolver)
13- WILL AND GRACE (Amiga com amigo gay e cia.)
14- A DIARISTA (Confusões de uma diarista bem engraçada)
15- SAI DE BAIXO (Uma família maluca e suas confusões no apartamento) (extinto)