quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

"Onde os fracos não tem vez" de Joel e Ethan Coen 2007

Os irmãos Coen parecem com este filme, tentar criar algo próximo do sucesso "Fargo" de 1996.

A história gira em torno de três personagens principais ligados a um único fato: O roubo da maleta com milhões de dólares de traficantes enfurecidos. O caipira ladrão, o assassino bizarro que persegue o ladrão, e o policial caipira, quase aposentado, que persegue o assassino do ladrão.

Quando vi o filme me lembrei muito de "Fargo", mas não com o mesmo brilho e novidade. Reconheci semelhança entre características físicas e psicológicas entre personagens dos dois filmes, a escolha de uma região com sotaque característico, sendo também um lugar deserto e isolado, típico de "caipiras", onde tudo pode acontecer de forma inusitada e etc.

Que os Coen têm todo um cuidado para desenvolver tanto os personagens, quanto as falas, de acordo com o ambiente onde a narrativa está inserida, eu concordo e até apóio a indicação ao Oscar 2008 de melhor direção, mas que o resultado não foi aquilo que eu esperava é fato.

Achei que o filme correu de forma lenta demais e sem um final conclusivo. Porém, possui passagens geniais, com diálogos bem desenvolvidos, mas que no conjunto acredito que tenha falhado.

Achei o personagem de Javier Bardem extremamente curioso e bem-desenvolvido. Suas características psicológicas servem para preencher as lacunas da narrativa de forma sutil. Por exemplo, sua mania de olhar as botas após matar alguém, indicam, mesmo sem mostrar, que ele matou a esposa do caçador ladrãozinho de maletas. Há quem duvide, mas para mim, não há dúvidas.

Como minha avaliação é sempre baseada no conjunto, não foi muito do meu agrado. Mais pelo tema da história do que pela qualidade. Reconheço que para fãs, talvez o filme seja muito bom, mas insisto em dizer que o filme parece apenas uma tentativa de resgatar algo que eles alcançaram ao fazer "Fargo" e que falhou. Muitas coisas do filme são muito boas, mas insisto, o conjunto em si, não foi do meu agrado.

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