quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

borboletinhas.


Eu vejo cores. Um radiante azul. Um amarelo alegre.
E outras cores indefinidas.
Eu vejo magia. As borboletinhas sorriem.
Sinto o calor da ausência de significado.
Tudo parece tão belo. Tão importante.
É suficiente.
Ontem eu acordei bem. Hoje acordei mal.
Um segundo e a paisagem colorida desaba.
Vejo escuridão. Sinto frio. Um abraço ausente gelado.
O silêncio doloroso. O vazio perturbante.
Tateio por cores. Esmago-as entre as mãos. Imploro.
Procuro esperança. Ela ainda não deu as caras.
Sinto a melodia. Deixo-me levar. Meu corpo reage.
Imploro.
Às vezes só não quero acordar.
Quero só imaginar a paisagem colorida.
Apenas imaginar.
Dói saber que ela só existe pra mim.
Dói saber que essas cores não existem. Não hoje.

Amanhã vou acordar melhor.

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