segunda-feira, 27 de junho de 2011

Seminário Estadual de Cineclubismo, Cinema e Educação


Dia 05 de julho - terça-feira 
Palestras com pesquisadores da área!!

E na parte sobre experiências, fui convidada a falar sobre a experiência da oficina de cinema da Escola da Ilha!! Vai ser bacana!!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

"A vida secreta das palavras" de Isabel Coixet 2005


O filme começa e ouvimos uma voz infantil, misturada às imagens que antecedem a história a ser contada, e se distraídos, não nos apegamos ao que está sendo falando, como foi o meu caso, e não percebemos a profundidade e importância dessa voz, tão infantil, mas tão profunda de reflexão.

Em seguida, conhecemos Hanna (Sarah Polly), uma mulher jovem, bonita, loira, magra, mas com hábitos extremamente mecânicos, de alguém que vive sem paixão, ou melhor, não vive, apenas sobrevive. Uma mulher totalmente passiva, mergulhada em monotonia, quase em estado catatônico, sem reação alguma sobre nada, com uma rotina permanente de "frango, arroz e maçãs". 

O que há de errado com Hanna?! Tão jovem fisicamente, mas tão envelhecida interiormente, sem o frescor e calor típico da juventude.Como pode alguém tão jovem, ser tão amarga e alheia à vida, aos riscos, aos amores e aos abismos humanos?! Alheia até aos prazeres gustativos....(comer é bom!)

Sabemos que Hanna usa um aparelho auditivo, mas seria está a explicação para recusa? Não é justamente a deficiência de um sentido que realça os outros que restam? Porém, em Hanna, a surdez é sua fuga!

Nem nos passa pela cabeça, talvez, a profundidade de sua 'recusa' pela vida. Afinal, num primeiro momento, esta não parece ser uma realidade distante da nossa, de ínumeras Hannas ao nosso redor, com ou sem traumas de vida, mulheres, homens, crianças, jovens que vivem em permanente estado 'catatônico', ora causado pela total imersão nos meios de comunicação, usados como pontos de fuga, assim como o álcool, as drogas, o trabalho, o sexo, os jogos, os vícios também o são, ora vítimas de violências físicas, psicológicas e/ou sociais constantes.

Hanna é aconselhada a tirar férias, pois em tantos anos como funcionária de uma fábrica de produção de plástico, nunca faltou ou adoeceu. É a operária ideal e exemplar, diz seu chefe. Desempenha as atividades de forma precisa, mecânica, sem de nada reclamar. Seu chefe alega que por isso não pode demití-la, pois ela é sua melhor funcionária, mas algo está errado com ela. Os colegas de trabalho comentam. Falta algo de 'humano' talvez. É aí que ele tira da gaveta revistas de viagem e sugere que ela escolha fazer alguma coisa, qualquer coisa, quase como dizendo "vá viver um pouco, por favor". E ela 'vai'!

Ouvindo uma conversa alheia, de um homem que necessitava de uma enfermeira, ela se disponibiliza para tal função. São essas 'férias' que Hanna escolhe: cuidar de alguém. Manter a mente ocupada com algo produtivo, sem espaço para o ócio. E sua tarefa é cuidar de um homem com ferimentos e queimaduras, provocados por uma explosão, numa plataforma de petróleo, no meio do oceano.

O paciente é Josef (Tim Hobbins), parcialmente ferido e queimado, temporariamente cego, com a língua afiada e cheio de energia. O primeiro contato entre os dois já é íntimo, pois ele precisa fazer xixi e ao ajudá-lo, ele se aproveita para conhecê-la. Qual seu nome? Quem você é?! Da onde veio? (já que o sotaque é carregado) Qual a cor do cabelo? Ele a julga loira, pela voz doce, mas ela se diz ruiva. Ele brinca com a informação. E é entre o silêncio das palavras, que os dois se aproximam e estabelecem uma relação íntima. Ele a chama de Cora, pois Cora era uma enfermeira de uma história que leu em um livro curto (pois ele odiava os longos), fantasiada por um menino de 15 anos. Como não podia enxergá-la, ela a fantasia como um menino! Sua fantasia doce, ruiva, chamada Cora.

Um nunca fala verdadeiramente do outro. O que falam, é sempre fantasiado pela lembrança. Os dois se escondem atrás de suas dores. E quando Josef revela sua maior dor, aquela carregada de passado, Hanna demonstra compaixão e Josef a recusa, sentindo-se o pior do ser humano. E é nesta fragilidade, que Hanna nos explica sua passividade diante do mundo. 

Ela conta sobre uma amiga, chamada Hanna, alegre e motivada a estudar e explorar o mundo, devoradora de livros e da vida, que diante do horror da guerra do seu país é capturada e se torna vítima de uma guerra já esquecida. No silêncio das palavras, conta que essa amiga foi violentada inúmeras vezes por muitos soldados, assim como outras mulheres como ela. Uma amiga que foi torturada para não gritar e se gritasse, era cortada em várias partes do corpo, e seus ferimentos recebiam sal, para lembrar que essa dor, era ainda maior que a do estupro. 

E Hanna chora, dizendo como implorou pra essa amiga morrer rápido, a cada segundo, minuto que se passava diante de tanta dor e sofrimento. Hanna então cai nos braços de Josef, totalmente desconcertado e emocionado, e ele acaricia seu rosto. Ela abre sua blusa e coloca as mãos de Josef sobre as cicatrizes cruéis que marcam todo seu corpo. Ele então a chama pela primeira vez, de Hanna.

Diante do horror de uma guerra ou de qualquer situação-limite de extrema violência, viver não é mais uma escolha, pois o passado se torna sombra, e não sentir nada é a situação mais segura. Ocupar a mente é o melhor caminho. Comer "frango, arroz e maçã" não traz riscos. Mas é nessa nova experiência de vida, numa plataforma solitária no oceano, que Hanna descobre "nhoque, sorvete e creme de queijo", e que ainda existem pessoas motivadas pelas tentativas de mudança, que se arriscam a viver apaixonadamente, e Hanna as inveja. Não ter rumo ou destino, apenas uma determinação a seguir, mesmo que seja para qualquer lugar. É nesse desvio, nessa brecha, que Hanna se deixa entregar, mesmo quando se separa de Josef e retorna a sua vida monótona.

Hanna poderia continuar sobrevivendo da maneira que aprendeu, mas Josef não. Ela precisa dele, como experiência e risco, como fuga e desvio, mas 'fuga' da fuga que arranjou para si, num estado seguro e permanente de sensações ou não-sensações. Mas ele precisa ainda mais dela, como redenção e entrega, como equilíbrio, já que levou uma vida ao extremo da emoção, desrespeitando qualquer sentimento alheio, em busca do próprio prazer.

Duas pessoas em situações-limites incomparáveis. Vergonha e culpa. Como poderiam dar certo?! Não sabemos...Hanna tem medo de se afogar, mas Josef promete que 'aprenderá a nadar'! Os dois se abraçam...

E então a voz infantil retorna, como uma persona de Hanna, a voz que ela se esforçou para adormecer, sem certezas de quando poderia 'acordar'. O filme termina com Hanna sentada numa cadeira, bebericando água de um copo, numa cozinha diferente daquela cinza e de "frango, arroz e maçã". Dois vultos se aproximam, não sabemos quem são...e não importa. Hanna está diferente, um pouco...mas diferente.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Notícias rapidinhas de cinema XXXII



1. Steven Spielberg deu sinais de que a franquia "Jurassic Park" pode ser retomada em breve. Spielberg tem se encontrado com o roteirista Mark Protosevich (Eu Sou a Lenda) para discutir ideias para um possível reinício de Jurassic Park. Também existe a possibilidade de que Spielberg e a Universal Pictures queiram aproveitar a moda dos filmes 3D para empregar a tecnologia em seus dinossauros.


2. Há 20 anos, Jack Gill, um veterano coordenador de dublês, tenta conseguir o reconhecimento da Academia a criar uma categoria no Oscar, para aqueles que trabalham arriscando a sua própria segurança durante as filmagens. Apesar dos esforços, a Academia não irá criar uma nova categoria na premiação de 2012. Em toda a história do Oscar, apenas um dublê foi premiado durante a cerimônia. Yakima Cannutt, que foi dublê de Clark Gable em ...E O Vento Levou, levou um prêmio honorário em 1966 por reconhecimento do seu trabalho e criação de dispositivos de segurança para a proteção dos dublês.

3. O longa "The Comediant" será dirigido por Sean Penn e contará com o ator Robert De Niro. O longa conta a história de um comediante de stand-up conhecido por seu humor ácido, mas que enfrenta as intempéries do envelhecimento. O roteiro carrega as assinaturas de Art Linson (Fora de Controle) e Jeffrey Ross, ator, escritor, produtor e comediante norte-americano. As filmagens terão início em Nova York, no próximo ano. Ainda não há previsão de lançamento.

4. Acontece nos dias 14 à 26 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, a Mostra Cinema de Moda, idealizada por Danilo Blanco e Fernando Zelman.  A ideia é propor um encontro dessas duas modalidades artísticas que sempre interagiram ao longo da história. O tema abordado nesse encontro será Moda, Arte e Cinema – Fronteiras e Conexões e reunirá filmes indicados por nomes ligados à moda nacional, como Dudu Bertolini, Reinaldo Lourenço e José Gayegos, o jornalista César Giobbi, o empresário Charles Cosac, entre outros estudiosos da área. Mais infos aqui.

5. O Portal Tela Brasil está com inscrições abertas para o Concurso Faça Seu Curta. O prêmio é de R$ 20.000,00 e transformará o roteiro premiado em filme. A Comissão Julgadora vai selecionar um projeto de curta-metragem de ficção, inédito e original, com duração máxima de dez minutos. O tema deve ser Ideias para Sustentar o Mundo. Infos aqui.

6. A Disney divulgou sua mais nova produção em animação "Wrek-It Ralph", que conta a história de um vilão de videogame que sonha em ser um herói. A direção será de Rich Moore (Os Simpsons). O filme está agendado para estrear em 12 de novembro de 2012.

7. O ator Sylvester Stallone integrará o elenco de “Bullet to the Head” (Bala na cabeça), nova adaptação cinematográfica de uma graphic novel. A história é sobre um assassino de Nova Orleans que se une a um policial de Nova York. Eles querem vingar a morte de seus parceiros. Joel Silver (“Marix”) será o produtor e as gravações devem começar em breve em Louisiana.

8. A cantora Cindy Lauper se juntou ao elenco de "The Last Beat", filme de Robert Saitzyk que vai homenagear Jim Morrison. O filme será o retrato livre dos últimos dias de vida do vocalista do The Doors. O diretor Gus Van Sant já havia feito algo semelhante em "Últimos Dias", quando retratou as últimas horas de vida de Kurt Cobain, do Nirvana, embora o filme não cite o nome do músico. As filmagens começam no final do ano, em Paris.

9. O ator e diretor mexicano Diego Luna (O Terminal) está em negociações para integrar o elenco de “Elysium”, novo projeto de Neill Blomkamp, diretor de “Distrito 9”. Além de Damon e Copley, estão no time Jodie Foster, Wagner Moura e Alice Braga. A história se desenvolve em torno de humanos e extraterrestres, que entram em combates na Terra. “Elysium” está programado para estrear em 1º de março de 2013.

10. Nova campanha do canal de televisão Telecine incentiva as idas ao cinema, com o slogan "Nada se compara ao cinema, no cinema!". Confira comercial aqui.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

"Potiche - a esposa trófeu" de François Ozon 2010


Foi a 1ª vez que pisei no Paradigma Cine Arte e já de início percebi a diferença de um espaço alternativo com o tradicional cinema de Shopping Center. Não havia pipoca, nem diversas guloseimas, nem uma grande bilheteria. Apenas um homem na porta, vendendo as entradas, acomodado numa mesinha improvisada com algumas balas e água de coco, tudo bem natural!

As entradas eram plásticas e retornáveis. O público era alternativo e mais "maduro" (pra não dizer idoso). A sala e a tela eram pequenas e os lugares não eram marcados. Tivemos que sentar na fileira da frente. Não chegava a ser improviso, mas a sala parecia ter sido adaptada para sessões de cinema e não "fabricada para este fim". Tudo bem! Serviu mesmo assim! Estava tudo ótimo, inclusive o mentos no lugar da pipoca!

E qual a relação dessas impressões do espaço com o filme? Lugar alternativo para um cinema alternativo!

"Potiche - a esposa trófeu" é um filme divertido com pitadas de sarcasmo e faz parte do Festival Varilux de Cinema Francês, promovido pela UniFrance Filmes, com apoio das Alianças Francesas, correndo várias salas de cinema pelo país.

O filme começa com a caminhada matinal (cooper) de uma bela senhora, impecavelmente loira. Enquanto ela corre e respira metodicamente, os letreiros aparecem e se intercalam em fragmentos com o cenário. Só com a abertura, acompanhada de uma trilha alegre e suave, já se percebe a referência aos filmes coloridos antigos. Será um filme de época?!

Ao final da caminhada, a bela senhora admira a paisagem e surpreende-se com cervos pastando, coelhos acasalando (dando o tom de humor sarcástico que todo o filme terá) e com seu amigo esquilo na árvore. Ela abre um caderninho e compõe uma espécie de poesia sobre o esquilo. Não é uma manhã qualquer de um filme qualquer! Num conto de fadas, não teríamos coelhos acasalando!

Essa é Suzanne Pujol (Catherine Deneuve), uma mulher bonita, vivida, e aparentemente fútil.

E esta poderia ser uma típica história de uma dona-de-casa incompreendida, sustentada por um marido rico e infiel, constituindo uma família infeliz de 2 filhos. Mas desta forma, tão previsível, este seria um filme de Hollywood, e não é!

O marido é infiel e insuportável. Não respeita Suzanne como mulher, esposa e mãe. E homem que não respeita uma mulher, não respeita nenhuma! A secretária transformada em amante fixa é a prova disto! 

Ele administra uma bem-sucedida fábrica de guarda-chuvas (segundo ponto sarcástico do filme), herdada do pai de Suzanne. E por ser um patrão explorador e inflexível, depara-se com uma greve de funcionários e ao confrontá-los, é feito refém. Para ajudá-lo, Suzanne pede um favor a um amigo, engajado politicamente com os sindicatos, Maurice Babin (Gérard Depardieu) e ela promete acatar as reinvidicações dos trabalhadores, em nome do marido, caso ele seja libertado.

Diferente do marido, ela é diplomática, além de simpática, carinhosa e compreensiva. Desempenha tarefas como caminhar, vestir-se, lembrar do remédio do marido, arrumar a cama e fazer comida quando os empregados não estão, cuidar do jardim, paparicar os filhos e netos, cantar, fazer poesias e suspirar. Mas quando pensa em emitir uma opinião, é contida pelo marido. Suzanne não deveria ousar em pensar ou dizer nada! Já é costume.

É seu aniversário e ela recebe a visita da filha e as duas conversam sobre casamento. A filha pensa em separar-se do marido, porque ele sempre viaja e ela se sente sozinha. A mãe a aconselha a não fazer isso, pois os casais precisam superar as crises e devem pensar nos filhos. Mas Joelle insiste que não quer acabar como a mãe, como uma "potiche", uma esposa-trófeu para ser exibida e que acha que é feliz, mas não é. Suzanne fica pensativa e surpresa com a afirmação da filha. Seria ela uma potiche?!

É neste contexto de rebeldia, de trabalhadores querendo melhores condições de trabalho, de uma amante querendo ser valorizada, de uma filha que não quer acabar como a mãe, de um marido que não se importa com o que a esposa pensa, que Robert, o marido, adoece e Suzanne, a esposa, casualmente assume a direção da fábrica, acolhendo seus dois filhos na administração e marcando presença entre figuras masculinas.

Ao encabeçar uma tarefa nunca realizada, Suzanne resgata sua auto-estima, e troca o caderninho de poesias por relatórios, caminhadas por passeios guiados pela fábrica e distrações por acompanhamentos das novas coleções, desenhadas pelo filho meio-artista-meio-hetero Laurent.

Mesmo quando Robert se recupera, retorna à fábrica e a boicota, Suzanne delicadamente mantém firme sua determinação em dirigir a fábrica e administrar a própria vida.

Mesmo quando Babin a seduz, ela defende sua liberdade e seu ponto-de-vista, tanto como esposa ou amante. Ela faz o que bem entende!

Esposa-trófeu que nada! Uma mulher determinada a vivenciar cada experiência que a vida lhe oferece, com leveza e simplicidade, ainda que cercada de pérolas, admiradores e casacos de pele. Suzanne desliza e suaviza qualquer tensão criada por espíritos maliciosos.

E é neste desenrolar, que ficamos surpresos. Do que mais ela é capaz? Seria ela uma projeção do que mulheres-trófeus poderiam ser?! Bem resolvidas, determinadas, suaves e delicadas? Audaciosas, sarcásticas e "ingenuamente" maliciosas?!

Em plenos anos 70, a paleta de cores do filme é suave como Suzanne. Ela está sempre bem vestida e os cenários sempre bem compostos, proporcionais e harmônicos. Com fotografia e direção de arte impecável, a libertação da mulher moderna é idealizada dentro de um núcleo familiar ideal. Tudo no filme é impecável, reforçando a ideia de uma vida idealizada, no caso, com bastante humor!

Bom seria se fosse assim, não?! Tão simples e fácil! Típico das narrativas cinematográficas!

Ozon trata com ironia, problemas típicos dos lares familiares dos anos 70, época onde mulheres ainda ocupavam determinados rótulos e lugares na sociedade, e ainda assim, através de uma história deslocada do nosso tempo, retrata alguns lares atuais, cada vez mais raros, que ainda investem com certa dificuldade, em núcleos familiares equilibrados, compostos por pais, filhos heteros e casamentos longíquos. Até quando esta estrutura falha irá se permitir? Quando novas possibilidades irão se abrir e serem aceitas, sem tabus?

Suzanne representa a libertação da mulher. "Sim, as mulheres podem" disse a nossa presidenta eleita Dilma Roussef. As mulheres são mais doces e conseguem tratar com a devida seriedade, problemas sociais, comuns a todos.

Suzanne é uma mulher realmente idealizada, que consegue administrar a casa, educa bem os filhos, cuida do marido e de si mesma, além do próprio trabalho, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Mas não é! Para administrar tantas responsabilidades, as mulheres precisam fazer malabarismos e fazer cada vez mais escolhas. Se uma boa profissional, muitas vezes, péssima esposa e mãe. Se boa mãe e esposa, muitas vezes uma péssima profissional! E quando boa profissional, mãe e esposa, muitas vezes mal consegue cuidar de si mesma.

Como se dedicar a mil tarefas, sem deixar nenhuma negligenciada, num ritmo cada vez mais frenético?! Talvez por isso, muitas mulheres tenham preferido se casar ou ter filhos mais tarde, ou então nem casar ou ter filhos para dedicar-se a uma profissão, permanecer mais tempo na casa dos pais, e curtir mais a vida, antes de se aprisionar a inúmeros compromissos.

Quem poderia julgar? O que importa é que estas escolhas sejam feitas por quem manda no próprio nariz e coloca a determinação em primeiro lugar, mesmo que a determinação por algo seja alterada no decorrer do tempo e das experiências vividas. "Pois é bela, é bela a vida!" canta Suzanne ao final! Viver a vida! Simples assim!

Nunca é tarde para começar. Quem sabe até, concorrer a alguma eleição?! Afinal, ser esposa, mãe ou mulher já é uma rica experiência, que pode ser aproveitada de várias formas, como no caso de Suzanne, quando ao final é eleita deputada, e discursa querer ser uma "mãe" para a França!

domingo, 12 de junho de 2011

Festival Varilux de Cinema Francês 2011 - Programação


 

 

 
 
 
 
"O Paradigma Cine Arte oferece aos cinéfilos e entusiastas da sétima arte uma programação diversificada e exclusiva, com destaque a filmes premiados ou em evidência de diversas nacionalidades.

Com sessões diárias, a cada semana dois novos filmes entram em cartaz, sendo exibidos em horários variados conforme a programação padrão da sala.

O Paradigma Cine Arte também fornece suporte a produtores independentes, promovendo exibição de curtas-metragens através do projeto "Curta! Antes do longa..." e pré-estreias de longas.

O Ambiente é caracterizado por uma linguagem comtemporânea, conforto e praticidade. Respeita os sentidos e contribui com uma experiência agradável em cada sessão.

Do tratamento acústico às poltronas, do projetor à tela, foram escolhidos conforme melhor adequação ao projeto da sala.


A qualidade técnica das exibições é assegurada pela AUWE, fornecedora da tecnologia digital inovadora, que garante sessões com som e imagens envolventes."

quarta-feira, 8 de junho de 2011

6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul


Evento que celebra o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul dedica-se a apresentar filmes sul-americanos que discutem temas atuais de direitos humanos no nosso continente.

Realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira / Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras, em 2010, foi apresentada em 20 capitais brasileiras: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Teresina, circuito que tem se ampliado a cada edição.

A curadoria é de Francisco Cesar Filho e a programação compreende uma seleção de filmes contemporâneos, que desde 2008 são também escolhidos por meio de chamada pública, além de uma retrospectiva histórica, homenagens e programas especiais. Em suas recentes edições, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul promoveu homenagens ao projeto brasileiro Vídeo nas Aldeias e aos argentinos Cine Ojo (produtora) e Ricardo Darín (ator). Nas três últimas edições as retrospectivas históricas tiveram por tema “infância e juventude”, “iguais na diferença” e “direito à memória e à verdade”.
 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
04021-070 São Paulo/SP

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones
+55 11 3512-6111, ramal 211
contato@cinedireitoshumanos.org.br
www.cinedireitoshumanos.org.br

Música "Eduardo e Mônica" da Legião Urbana ganha homenagem em vídeo

 
Em maio deste ano, vazou uma foto dos bastidores de uma produção que se acreditava ser um filme baseado na música "Eduardo e Mônica" da Legião Urbana. Quase nada se divulgou sobre a suposta versão cinematográfica, além de que se tratava de um curta-metragem. Nesta quarta, o vídeo foi lançado na internet e o mistério foi desvendado.

Uma parceria de uma produtora, do diretor Fernando Meirelles e uma empresa de telefonia celular, prestou uma homenagem a "Eduardo e Mônica", clássico da Legião Urbana lançado há 25 anos. No vídeo, a companhia recriou e modernizou os passos de um dos casais mais famosos da música brasileira.

O vídeo ganhou popularidade rápido e foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter nesta quinta.

Filmes baseados nas músicas da Legião Urbana estão em produção no país e devem ser lançados em breve. "Faroeste Caboclo", longa metragem inspirado em outra das músicas mais famosas de Renato Russo, deve chegar aos cinemas do Brasil em 2012.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Filmes do mês: junho

São atualizados no decorrer do mês.

17T-"Soul kitchen" de Fatih Akin 2009 (3)
16T-"Incendiário" de Sharon Maguire 2008 (2)
15T-"Aconteceu em Woodstook" de Ang Lee 2009 (3)
14T-"Lady jane" de Robert Guédiguian 2008 (2)
13T-"Almoço em agosto" de Gianni Di Gregorio 2008 (3)
12T-"Cidade dos homens" de Paulo Morelli 2007 (3)
11L-"Amor e ódio" de Robert Guédiguian 2001 (3)
10T-"A vida secreta das palavras" de Isabel Coixet 2005 (3)

09B-"Scott Pilgrim contra o mundo" de Edgar Wright 2010 (3)
08T-"Não estou lá" de Todd Haynes 2007 (2)
07C-"Potiche - a esposa trófeu" de François Ozon 2010 (3)
06D-"Como fazer um filme de amor" de José Roberto Torero 2004 (3)
05D-"A insustentável leveza do ser" de Philip Kaufman 1988 (...) (incompleto)
04T- "Verdade ou consequência" de Pascal Franchot 2010 (3)
03T - "Homem de Ferro 2" de Jon Favreau 2010 (3)
02C- "Piratas do Caribe 3 - Navegando em águas misteriosas" 3D - IMAX de Rob Marshall 2011 (3)
01E-"Onde fica a casa do meu amigo?" de Abbas Kiarostami 1987 (3)

*Filmes Revistos Organização: Ordem crescente - em números.

Nome do filme + diretor + ano.

Códigos: B (baixado), C (cinema), D (dvd acervo pessoal), L (locadora), T (tv).

Obs.: A - código especial para Avião! hehehe

Notas:
(0) dispensável
(1) ruim ou fraco
(2) razoável
(3) bom - técnica ou emocionalmente
(4) muito bom - rolou um punctum
(5) excelente - marcou minha vida
(P) prazer culpado (tecnicamente ruim, mas adorei)

III FFER - filmes etnográficos